Tive a oportunidade de ler o livro de José Pastore “Memórias de um diário confidencial”, prefaciado por Fernando Henrique Cardoso, fazendo alusão ao grande homem Antonio Ermírio de Moraes e o que ele representou para o Brasil. Chamou-me a atenção o fato de, aos 20 anos, ser descoberto ter ele um só rim. Isso ocorreu quando em comemoração por haver tirado a nota mais alta da turma, decidiu fazê-lo bebendo uísque. Esse exagero levou-o ao hospital, onde após vários exames constatou-se ser portador de um só rim l. Os médicos o tranquilizaram e o orientaram em como lidar com a deficiência: pouco uísque, ao que ele o cortou de vez; e muita água, que o fez viver até os 86 anos. Tinha ele um jeito inconfundível e, certa vez, ao ser entrevistado e estando com o colarinho desabotoado, gravata torta e o terno amarrotado, a jornalista lhe perguntou qual era o shopping que ele frequentava. Nenhum, foi a resposta, ao que ela retrucou: o senhor não compra nada? Compro, sim. Compro fábricas,por isso tenho 97 empresas respondeu ele em risos. Antonio Ermírio de Moraes um homem admirável, bom administrador, sério, ético, humilde, dono de projetos sociais, em especial à saúde e à educação, sempre será lembrado.
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