Era março de 1964. 55 jovens de todos os cantos do País passavam em
Curitiba (PR), na Pontifícia Universidade Católica, de vestibular para
Medicina. Os aprovados participaram de tradicional trote, mas com
responsabilidade; as difíceis aulas
tiveram início, dentre todas as matérias a mais exaustiva era a de
Anatomia (a princípio a difícil convivência com cadáveres), a paciência
dos mestres, enfim até nos formarmos. Esse pequeno relato indica que ao final
deste ano, que há pouco se iniciou, a turma PUC69, em Curitiba, novamente será
recebida mas, agora, para comemorar o Jubileu de Ouro de formatura.
Passados 50 anos desempenhando papel importante na sociedade, médicos
humanistas, educadores, sanitaristas, não mediram e não medem esforços para
contribuir para o progresso da ciência médica no Brasil. Passado esse tempo,
agora todos com mais de 73 anos, quantos estarão ainda em atividade?
Estatísticas mostram que pelo menos 50% dos médicos que chegam aos 70 anos,
ainda permanecem ativos. No jantar comemorativo haverá momentos de grande
emoção quando da apresentação daqueles que já não mais estão neste plano. O
reencontro será inesquecível. Laços de amizade serão fortalecidos e a promessa
de sempre continuarmos no caminho escolhido, servindo de exemplo àqueles que
agora se iniciam na difícil tarefa de lidar com as doenças.
MANOEL RAMOS E NEIDE RAMOS - SANTOS
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