JUBILEU DE OURO

   

Era março de 1964. 55 jovens de todos os cantos do País passavam em Curitiba (PR), na Pontifícia Universidade Católica, de vestibular para Medicina. Os aprovados participaram de tradicional trote, mas com responsabilidade; as difíceis  aulas tiveram início, dentre todas as matérias a mais exaustiva era a de

Anatomia (a princípio a difícil convivência com cadáveres), a paciência dos mestres, enfim até nos formarmos. Esse pequeno relato indica que ao final deste ano, que há pouco se iniciou, a turma PUC69, em Curitiba, novamente será recebida mas, agora, para comemorar o Jubileu de Ouro de formatura.  Passados 50 anos desempenhando papel importante na sociedade,  médicos humanistas, educadores, sanitaristas, não mediram e não medem esforços para contribuir para o progresso da ciência médica no Brasil. Passado esse tempo, agora todos com mais de 73 anos, quantos estarão ainda em atividade? Estatísticas mostram que pelo menos 50% dos médicos que chegam aos 70 anos, ainda permanecem ativos. No jantar comemorativo haverá momentos de grande emoção quando da apresentação daqueles que já não mais estão neste plano. O reencontro será inesquecível. Laços de amizade serão fortalecidos e a promessa de sempre continuarmos no caminho escolhido, servindo de exemplo àqueles que agora se iniciam na difícil tarefa de lidar com as doenças.

MANOEL RAMOS E NEIDE RAMOS - SANTOS

DR.EDMAR ATIK

Fui presenteado, pelo amigo João Miguel, com dois livros de autoria do cardiologista infantil, natural desta cidade, Edmar Atik. Um, sob o título “Vamos Pra Frente Mas Sempre À Procura”, retrata sua autobiografia, relatando que perdeu a mãe aos três anos e meio, vindo o pai a casar-se pela segunda vez e sendo ele adotado pelos tios, Odete e Jorge Atik. Mas nem por isso sofreu distúrbios emocionais que lhe afetassem a formação educacional. O outro, com o título “A vida Como Ela É: Fatos Verdadeiros Da Rotina”, nos recomenda aproveitar a vida com muita gratidão. Edmar foi irmão do ginecologista Edmon Atik (falecido), é formado em Medicina (1966) pela Universidade do Brasil da Praia Vermelha (RJ), tendo realizado estágio em cardiologia pediátrica no St Christopher’s Hospital for Children (Filadélfia,EUA), um dos mais conceituados em residência médica na especialidade, fundada em 1875 pelo dr. William H. Bennett. Edmar obteve o título de professor livre docente em cardiologia no Instituto do Coração (USP) e professor titular do sistema vascular (Unimes). Pioneiro na cardiologia pediátrica a nível nacional e internacional, esse santista ilustre, que muito dignifica a medicina, merece nossos aplausos.

Manoel Do Nascimento Ramos e Neide Ramos - Médicos - Santos

AMAR E AJUDAR

Quase ao final deste 2018 lembro que não se poderia prever, com precisão, o desfecho das eleições, tanto à Presidência como aos demais cargos para o ano que se aproxima. Cabe lembrar que, não existe no mundo terra tão maravilhosa como a que habitamos e, imbuídos de boas lembranças e solidários, não nos esqueçamos de agradecer ao que de bom nos foi proporcionado, oferecendo aos menos favorecidos, às crianças e enfermos, que por motivos vários se vêm privados do convívio familiar, uma corrente do bem que se concentra nas duas mais belas palavras de nosso vocabulário: ajudar e amar. Vamos fazer valer a mensagem do dr. Charles L. Heuses que cita: ao morrer, não se leva o dinheiro que economizamos durante a vida, mas levamos o dinheiro que doamos. Não levamos a comida estocada, mas a que dividimos com os menos favorecidos. O que oferecemos para ajudar o próximo, isso é o que levamos. O “excedente” esse fica para trás! A todos, indistintamente, bom Natal e um 2019 com muita paz!

Manoel Do Nascimento Ramos e Neide Ramos - Médicos - Santos