Em 17 de outubro assistindo ao programa Roda Viva, a ministra Carmen Lúcia, como entrevistada corrigiu com delicadeza o âncora Augusto Nunes que a anunciara como doutora pela USP; disse ela que chegara a cursar mas não concluíra o doutorado. Com voz frágil, nos fez refletir que “justiça não é milagre”; “constituição não é utopia”; e “cidadania não é aspiração”. Num linguajar fácil, direto e acima de tudo dentro de uma segurança invejável respondeu aos questionamentos como: morosidade do Judiciário, democracia no Brasil, Ética na sociedade e situação dos nossos presídios dentre outros temas de interesse da coletividade. Disse que não quer ser chamada de “presidenta” por achar que a exceção ofende a língua portuguesa e que está muito preocupada com as mulheres grávidas nos presídios em desrespeito à Lei do Ventre Livre. Mostrou-se muito humanizada repetindo que o que leva à felicidade na vida é só o afeto. Em sua última análise, perguntada qual seu sonho com relação ao Brasil como cidadã declarou: que todos os meninos estivessem dentro da sala de aula; e que os idosos não terminassem sua vida com a insegurança que hoje vivem quanto à aposentadoria e quanto ao atendimento médico. É ela merecedora de todo o nosso respeito e admiração!
MANOEL RAMOS E NEIDE RAMOS – SANTOS
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