Assistindo, em 30 de março, a programa de entrevistas na TV Cultura, lá estava Marília Gabriela que considero como uma das mais ilustres jornalistas do Brasil. Brincou ela na abertura do programa dizendo que era um desconforto estar no centro daquela roda. E mais: “pra ser entrevistador, precisa, principalmente, saber ouvir", e que ela não entrevista, mas observo as pessoas. Destacou ainda seus primeiros anos na TV, e que, “quando era jovem tinha ambição em ser a mulher mais inteligente da televisão. Depois de velha, eu só queria ser a mais bonitinha da TV”. Discorreu sobre a rejeição que sofrera na primeira infância e viveu um maior tempo com analistas, até receber alta, dedicando-se após à astrologia. Perguntaram-lhe se o amor romântico é imoral, ao que ela respondeu: “acho que o amor é uma célula rebelde. Ele é imoral porque não tem regras estabelecidas, se se considerar que a moral exige regras, o amor é imoral”. Na minha ótica, Marilia é uma pessoa completa em suas qualidades e defeitos; bela e fera; ousada e pé no chão. Uma mulher sem idade, segundo Marta Medeiros.
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