A minha identificação com
a bola data de várias décadas, quando seu Abel, meu pai, resolveu me presentear
com uma de borracha, que pulava excessivamente. Todas as outras bolas que
utilizava eram feitas de meias enchidas por panos ou papéis. Com a bola que
ganhei me tornei um herói, mas só enquanto ela durou. Depois, quando já
não mais prestava, me sacaram da equipe sem dó, nem piedade. Selado meu futuro
como futebolista aderi de corpo e alma à Medicina. Dias atrás, quis o
presidente do Esporte Clube Barray Vento, Ricardo, equipe que joga nas tardes
de sábado, defronte da Ilha Urubuqueçaba, homenagear seus atletas mais velhos,
e eu e o Jair Mafuz, sócios fundadores, fomos os escolhidos. Como
recordação nos foi ofertada camisa do Clube gravada com nossos nomes. Aviso aos
torcedores que aguardo condições melhores de uma hérnia de disco para voltar a
ocupar a lateral direita, isto é, se deixarem, para glória do nosso Barray
Vento.
Esporte é saúde!