Espiritualidade

Se recordarmos grandes autores do pensamento humano todos eles concordaram sobre as nossas quatro necessidades básicas: sobrevivência (ganhar o sustento, ter onde morar etc.); relacionamento (conjugal, familiar, social...); missão de vida (pode ser a atividade profissional ou qualquer outra maneira de se servir a alguém); e, por fim, a espiritualidade, ponto crucial para obtermos um bom e feliz Natal. Baseado nela, bom seria fazermos um Natal amigo, dedicando alguns minutos, não só do 25 de dezembro, para levarmos um pouco de alegria, conforto, e esperança àqueles necessitados abrigados em asilos, nas creches, nos hospitais e por que não nas instituições penais? Gestos de carinho e atenção pontuariam a presença cristã na vida de tantas vidas. Sejamos a mesa farta de solidariedade e esperança a minimizar o sofrimento de tantos corações angustiados e deprimidos. E que sejamos nós, também, o grande Natal em nosso convívio familiar.

Para quê?

Há muitos anos, José Saramago , escritor português, Nobel de Literatura de 2000, respondia em entrevista sobre sua vida, ao completar 80 anos. Ao término da entrevista, o repórter pede que responda, em duas palavras, o que sente da vida. Sem demora ele responde: “Para quê?”; e complementa o conteúdo dessas palavras: “para quê tudo isso na vida se não encontro explicações para ela!”. À época achamos que ele estaria sofrendo alguma crise existencial, se revoltando até contra Deus! Homem inteligente e de bom senso deveria ele entender que imprevistos acontecem e até aprender com os percalços que a vida nos oferece. Agora, nós, respondemos à indagação “para quê?”: devemos abrir nossos corações para mudar o que deve ser mudado e talvez descubramos o quanto as pessoas mais necessitadas precisam de nós e o quanto temos e o que podemos dar aos que menos têm ou o quanto devemos ser agradecidos àqueles que nos ajudaram. Somente assim o “para quê?” ganhará sentido.